[DN] Barragem do Tua já encheu para testes e começa a produção em agosto
A contestação atrasou o prazo inicial de conclusão da obra em dois anos
A barragem de Foz Tua, em Trás-os-Montes, já encheu para testes e deverá estar concluída e a produzir energia em agosto, segundo a previsão avançada à Lusa pela EDP.
A obra civil, nomeadamente do paredão está praticamente terminada e está a ser testada a segurança da estrutura indicou o administrador da EDP, Rui Teixeira, à Lusa, durante uma reportagem no local.
A nova barragem representa um investimento de 370 milhões de euros e começou a ser construída há seis anos, a pouco mais de um quilómetros da confluência dos rios Tua e Douro, e com o paredão a unir os concelhos de Alijó (Vila Real) e de Carrazeda de Ansiães (Bragança).
Da área de influência fazem ainda parte os municípios de Murça, em Vila Real, e Mirandela e Vila Flor, em Bragança, num processo que tem estado em volto em polémica e contestação pelos impactos no Douro Património da Humanidade, no vale do rio Tua e desativação da centenária linha ferroviária do Tua.
A contestação atrasou o prazo inicial de conclusão da obra em dois anos. Neste momento, a barragem está numa fase de conclusão, foram iniciados os ensaios com um dos dois grupos e o próximo está previsto para muito em breve, segundo o administrador da empresa concessionária.
Rui Teixeira indicou à Lusa que "a obra civil está praticamente terminada na barragem. Ainda há alguns trabalhos em curso do lado da central", mas a EDP mantém "a expectativa de, até ao verão, ter a central em exploração".
O responsável explicou que a albufeira encheu até uma cota de 168 metros, que é aquela em que, de acordo com os regulamentos, têm de parar o enchimento da albufeira e proceder a descargas como as que tem sido observadas nos últimos dias no Tua.
Estas descargas e o nível da cota servem para observar a segurança da estrutura e a EDP espera ter na próxima semana os pareceres necessários para elevar a cota até ao nível máximo, que é os 170 metros.
"Neste momento, o que estamos é a testar se toda a estrutura da barragem está a comportar-se de acordo com o que estava previsto no projeto", explicou.
Também nos últimos dias a barragem produziu, ainda em testes, "os primeiros quilowatts/horas, com a entrada em funcionamento do primeiro grupo", ainda também em fase de ensaios.
Quando estiver a funcionar em pleno, em agosto, a barragem do Tua produzirá "o dobro do consumo dos cinco municípios desta zona", vai "poupar 13 milhões de importação de combustível para o país e a emissão de três milhões de toneladas de CO2".
No pico da obra estiveram 1.400 pessoas a trabalhar, um número atualmente reduzido para 600. Depois de agosto, ficarão apenas equipas de três a seis pessoas.
A EDP entende que a obra agora quase concluída demonstra que não choca com a paisagem ao fundo do Douro Património da Humanidade.
"Isto é uma zona tampão, foi discutido em profundidade com as autoridades portuguesas, com a UNESCO e a conclusão foi que realmente a existência desta barragem aqui não iria causar um dano que fosse impossível de ultrapassar", recordou o administrador.
Rui Teixeira vincou que "há uma preocupação enorme também do lado da central que é um edifício escavado na rocha" e "vai ter um projeto de recuperação paisagística e de arquitetura do arquiteto Souto Moura".
"Vai exatamente garantir que há uma integração de toda esta obra no seu final com o que é a paisagem, que são estes socalcos, que são obviamente de preservar", afirmou.
A barragem de Foz Tua, em Trás-os-Montes, já encheu para testes e deverá estar concluída e a produzir energia em agosto, segundo a previsão avançada à Lusa pela EDP.
A obra civil, nomeadamente do paredão está praticamente terminada e está a ser testada a segurança da estrutura indicou o administrador da EDP, Rui Teixeira, à Lusa, durante uma reportagem no local.
A nova barragem representa um investimento de 370 milhões de euros e começou a ser construída há seis anos, a pouco mais de um quilómetros da confluência dos rios Tua e Douro, e com o paredão a unir os concelhos de Alijó (Vila Real) e de Carrazeda de Ansiães (Bragança).
Da área de influência fazem ainda parte os municípios de Murça, em Vila Real, e Mirandela e Vila Flor, em Bragança, num processo que tem estado em volto em polémica e contestação pelos impactos no Douro Património da Humanidade, no vale do rio Tua e desativação da centenária linha ferroviária do Tua.
A contestação atrasou o prazo inicial de conclusão da obra em dois anos. Neste momento, a barragem está numa fase de conclusão, foram iniciados os ensaios com um dos dois grupos e o próximo está previsto para muito em breve, segundo o administrador da empresa concessionária.
Rui Teixeira indicou à Lusa que "a obra civil está praticamente terminada na barragem. Ainda há alguns trabalhos em curso do lado da central", mas a EDP mantém "a expectativa de, até ao verão, ter a central em exploração".
O responsável explicou que a albufeira encheu até uma cota de 168 metros, que é aquela em que, de acordo com os regulamentos, têm de parar o enchimento da albufeira e proceder a descargas como as que tem sido observadas nos últimos dias no Tua.
Estas descargas e o nível da cota servem para observar a segurança da estrutura e a EDP espera ter na próxima semana os pareceres necessários para elevar a cota até ao nível máximo, que é os 170 metros.
"Neste momento, o que estamos é a testar se toda a estrutura da barragem está a comportar-se de acordo com o que estava previsto no projeto", explicou.
Também nos últimos dias a barragem produziu, ainda em testes, "os primeiros quilowatts/horas, com a entrada em funcionamento do primeiro grupo", ainda também em fase de ensaios.
Quando estiver a funcionar em pleno, em agosto, a barragem do Tua produzirá "o dobro do consumo dos cinco municípios desta zona", vai "poupar 13 milhões de importação de combustível para o país e a emissão de três milhões de toneladas de CO2".
No pico da obra estiveram 1.400 pessoas a trabalhar, um número atualmente reduzido para 600. Depois de agosto, ficarão apenas equipas de três a seis pessoas.
A EDP entende que a obra agora quase concluída demonstra que não choca com a paisagem ao fundo do Douro Património da Humanidade.
"Isto é uma zona tampão, foi discutido em profundidade com as autoridades portuguesas, com a UNESCO e a conclusão foi que realmente a existência desta barragem aqui não iria causar um dano que fosse impossível de ultrapassar", recordou o administrador.
Rui Teixeira vincou que "há uma preocupação enorme também do lado da central que é um edifício escavado na rocha" e "vai ter um projeto de recuperação paisagística e de arquitetura do arquiteto Souto Moura".
"Vai exatamente garantir que há uma integração de toda esta obra no seu final com o que é a paisagem, que são estes socalcos, que são obviamente de preservar", afirmou.
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